domingo, 22 de agosto de 2010

Medos





O poema é uma bola de cristal.
Se apenas enxergares nele o teu nariz, não culpes o mágico.


Mário Quintana










...eu caminho enquanto tu não existes
a noite aproxima-se com seus territórios de sombra e fábula
areias penumbras oscilantes apagando resíduos de corpos
teu corpo minúsculo arrefece dentro de mim
quando as feras despertam nos olhos abandono-me
à lama colorida dos terrenos vagos
dói-me a voz ao chegar aos lábios
os dedos penetram o metal cintilam
conchas abertas ao sonho
onde terei abandonado a nossa paixão?


Al berto

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